Em um assalto, direto de uma trama cinematográfica, uma gangue brasileira entrou na pista de um aeroporto de São Paulo bem disfarçada como Polícia Federal e saiu com 123 milhões de reais (US $ 32 milhões) em ouro.
Os ladrões conseguiram acesso ao aeroporto de Cumbica nesta quinta-feira, em dois carros idênticos aos dirigidos pela Polícia Federal; com cópias exatas das luzes, estênceis e logotipos da agência de aplicação da lei.
O alvo era um caminhão blindado carregando 720 kg de ouro destinado ao Canadá e à Suíça.
Segundo as autoridades, a gangue levou um refém da família de um supervisor logístico na noite de quarta-feira, obrigando-o a fornecer informações sobre quando e onde o ouro seria entregue.
No dia seguinte, os ladrões dirigiram-se ao aeroporto nos veículos falsos, o que lhes permitia contornar os pontos de verificação de segurança iniciais. Segundo testemunhas, uma vez no asfalto, cinco homens encapuzados, armados com pistolas e rifles, forçaram a equipe de segurança a se render, colocaram o ouro nos caminhões e tomaram um homem como refém antes de partir.
As autoridades disseram que os criminosos abandonaram os veículos a cerca de 20 km do aeroporto e também libertaram o refém e a família do supervisor logístico.
Roubos de alto risco e alta recompensa tornaram-se cada vez mais frequentes no Brasil recentemente. Para muitas gangues criminosas que visam bens e valores no transporte, tornou-se uma alternativa lucrativa ao comércio de narcóticos.
Em março do ano passado, um assalto similar ao de quinta-feira ocorreu quando um jato da Lufthansa transportando cerca de R $ 20 milhões (US $ 5 milhões) foi roubado na pista. Os ladrões ganharam acesso à área em veículos feitos para parecerem caminhões de segurança.
Em outubro do ano passado, criminosos cavaram um túnel de 600 metros em São Paulo, com iluminação e sistema de ventilação próprio. O alvo era um cofre de banco com quase um bilhão de reais (US $ 250 milhões). As autoridades conseguiram frustrar o crime no último momento. Se bem sucedido, teria sido o maior assalto a bancos de todos os tempos.
As companhias de seguros e as envolvidas no transporte de bens valiosos começaram a investir pesadamente em segurança privada para evitar possíveis ladrões e ladrões de carga.
Embora casos de grande repercussão, como o roubo de ouro de quinta-feira, frequentemente ganhem manchetes internacionais, os contínuos roubos violentos de mercadorias no transporte tornaram-se um problema significativo para as empresas brasileiras.
Os custos adicionais de segurança e seguro resultantes são frequentemente transferidos para os consumidores, resultando em produtos mais caros.
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